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Máquina Mortífera (1987)
Depois de 20 anos na polícia, o detetive de polícia Roger Murtaugh ficou cara a cara com a máquina de matar mais perigosa de Los Angeles... seu novo parceiro.
Sinopse
Filipe Manuel Neto
Escrita em 15 de Setembro de 2021**Um filme que fez história e deixou marcas, mas não é perfeito.** Este filme é um dos mais interessantes filmes de acção dos anos Oitenta e deu início a uma breve, mas interessante franquia cinematográfica. O ponto-chave da trama é a colaboração e a amizade entre dois polícias substancialmente diferentes, mas que acabam de ser emparelhados pelos seus chefes: Murtaugh é um polícia experiente de meia-idade, de métodos disciplinados, casado, pai e muito atento à sua família; Riggs é um polícia que trabalhou vários anos na divisão de Narcóticos e está a passar por uma depressão severa, com tendências suicidas que o levam a ter um comportamento impulsivo, violento e arriscado. Ambos são destacados para investigar um aparente suicídio de uma prostituta que é filha de um amigo de longa data de Murtaugh, e que pode estar associada a um grupo de narcotraficantes. Além de o filme ter uma boa história de polícias, a diferença enorme entre os dois protagonistas e a maneira como conseguem aprender a respeitar-se e a colaborar faz deste filme uma peça de bom entretenimento. Não é um filme feito para pensar nem há um mistério real por detrás dos crimes. É um filme voltado para as cenas de acção, pontuadas por uma comédia leve, inteligente e bem colocada. É um filme feito para desfrutar e entreter. Boa parte do sucesso do filme assenta nas costas do seu duo de protagonistas: Mel Gibson dá à sua personagem uma aura arrojada, insana e inteligente, aproveitando bem a oportunidade e o protagonismo para popularizar e alavancar a sua carreira. Danny Glover não fica atrás e brinda-nos com uma actuação madura, mais contida e inteligente. Há ainda vários outros actores, mas nenhum deles recebeu material capaz de lhes permitir destaque. Tecnicamente, é um filme de acção regular, com cinematografia elegante, mas discreta, cenários bem construídos e figurinos desinteressantes. O aspecto técnico mais notório é o departamento de efeitos visuais, especiais e de som, que nos brinda com um trabalho bem feito e realista. Há muitas explosões, carros destruídos e lutas insanas que oscilam entre o épico e o inverosímil, e o filme, por vezes, exagera na espectacularidade. A banda sonora é esquecível.