Máquina Mortífera
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Máquina Mortífera (1987)

06/03/1987 Ação, Aventura, Comédia, Crime, Thriller 1h 50min

73%

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Depois de 20 anos na polícia, o detetive de polícia Roger Murtaugh ficou cara a cara com a máquina de matar mais perigosa de Los Angeles... seu novo parceiro.

Sinopse

Martin Riggs e Roger Murtaugh são dois policiais que se tornam parceiros para lutar contra uma quadrilha de traficantes de drogas, composta de ex-militares da Guerra do Vietnã. Só que nessa missão, Murtaugh ainda terá que lidar com as tendências suicidas de Riggs.

Críticas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 15 de Setembro de 2021

**Um filme que fez história e deixou marcas, mas não é perfeito.** Este filme é um dos mais interessantes filmes de acção dos anos Oitenta e deu início a uma breve, mas interessante franquia cinematográfica. O ponto-chave da trama é a colaboração e a amizade entre dois polícias substancialmente diferentes, mas que acabam de ser emparelhados pelos seus chefes: Murtaugh é um polícia experiente de meia-idade, de métodos disciplinados, casado, pai e muito atento à sua família; Riggs é um polícia que trabalhou vários anos na divisão de Narcóticos e está a passar por uma depressão severa, com tendências suicidas que o levam a ter um comportamento impulsivo, violento e arriscado. Ambos são destacados para investigar um aparente suicídio de uma prostituta que é filha de um amigo de longa data de Murtaugh, e que pode estar associada a um grupo de narcotraficantes. Além de o filme ter uma boa história de polícias, a diferença enorme entre os dois protagonistas e a maneira como conseguem aprender a respeitar-se e a colaborar faz deste filme uma peça de bom entretenimento. Não é um filme feito para pensar nem há um mistério real por detrás dos crimes. É um filme voltado para as cenas de acção, pontuadas por uma comédia leve, inteligente e bem colocada. É um filme feito para desfrutar e entreter. Boa parte do sucesso do filme assenta nas costas do seu duo de protagonistas: Mel Gibson dá à sua personagem uma aura arrojada, insana e inteligente, aproveitando bem a oportunidade e o protagonismo para popularizar e alavancar a sua carreira. Danny Glover não fica atrás e brinda-nos com uma actuação madura, mais contida e inteligente. Há ainda vários outros actores, mas nenhum deles recebeu material capaz de lhes permitir destaque. Tecnicamente, é um filme de acção regular, com cinematografia elegante, mas discreta, cenários bem construídos e figurinos desinteressantes. O aspecto técnico mais notório é o departamento de efeitos visuais, especiais e de som, que nos brinda com um trabalho bem feito e realista. Há muitas explosões, carros destruídos e lutas insanas que oscilam entre o épico e o inverosímil, e o filme, por vezes, exagera na espectacularidade. A banda sonora é esquecível.