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Máquina Mortífera 4 (1998)
Eles continuam loucos, imprevisíveis e estão para arrebentar!
Sinopse
Filipe Manuel Neto
Escrita em 2 de Outubro de 2021**Um fim honroso.** Este filme é o quarto e último da franquia *Arma Mortífera*. Desta vez, os detectives Murtaugh e Riggs são promovidos para evitar que façam trabalho de campo e provoquem mais danos que o seguro da Polícia não queira pagar. Porém, nada os vai tirar do terreno, principalmente se há uma rede de tráfico de seres humanos a trazer imigrantes ilegais do Oriente para os EUA, e se a filha de Murtaugh está grávida e noiva de outro polícia contra a vontade do próprio pai. Penso que o filme aproveita bem os erros das anteriores produções: há um maior cuidado em escrever uma história envolvente, sólida e coerente, que consiga sustentar o filme até ao final e dar-nos mais do que simplesmente toneladas de acção. Todavia, os dois actores protagonistas não são mais tão jovens quanto nos dois filmes iniciais, e isso nota-se especialmente no caso de Danny Glover, sendo previsível que este teria de ser o último filme com os dois actores a darem corpo às personagens principais. Mais recentemente sei que houve uma série televisiva e já ouvi falar num eventual “reboot” cinematográfico. Se um projecto assim for adiante, penso que não é mau que os dois actores venham ter direito a um honroso “cameo”, mas o novo filme terá de ser algo totalmente novo e diferente do que vimos aqui. Que podemos dizer acerca do elenco? Mel Gibson e Danny Glover voltam aos papéis de sempre e brindam-nos com um esforço e um trabalho satisfatórios, mas que não esconde que a idade foi passando para eles (como passa para todos). Senti que a personagem de Gibson foi alvo de uma enorme suavização: ele deixou de ser o maluco suicida dos primeiros filmes, é um agente muito mais sensato e o filme mostra que ele aprendeu a moderar-se. Joe Pesci parece ter sido pouco aproveitado neste filme, mas as cenas dele com os dois amigos dão-nos alguns dos mais emotivos momentos do filme. Também a personagem dele evoluiu, passando de um chato que tínhamos de suportar para um verdadeiro amigo incondicional, disposto a enfrentar tudo para ser útil e ajudar. Gostei igualmente do trabalho de Jet Li, actor que nunca vi nem valorizei muito até agora. Rene Russo aparece pouco e faz só o que precisa fazer. Tecnicamente, é um filme regular. A aposta vai para os efeitos especiais, visuais e sonoros, que são realmente muito bons. Os cenários, bem como os figurinos, cumprem bem o seu papel, em particular mais perto do final, onde de facto há alguns cenários interessantes. A cinematografia não sobressai, mas também não faz má figura. A banda sonora, confesso, não me chamou a atenção particularmente.