Yojimbo, o Guarda-Costas

Yojimbo, o Guarda-Costas (1961)

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01/01/1961 Drama, Thriller 1h 50min

81%

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Os Sete Samurais se fosse apenas um Samurai!

Sinopse

Um ronin sem nome, ou samurai sem mestre, entra em uma pequena vila no Japão feudal, onde dois empresários rivais lutam pelo controle do comércio local de jogos de azar. Assumindo o nome de Sanjuro Kuwabatake, o ronin convence o comerciante de seda Tazaemon e o comerciante de saquê Tokuemon a contratá-lo como guarda-costas pessoal, e então habilmente desencadeia uma guerra de gangues em grande escala entre os dois homens ambiciosos e inescrupulosos.

Akira Kurosawa

Diretor, Roteirista, Produtor

菊島隆三

Produtor Executivo, Roteirista

田中友幸

Produtor Executivo
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Críticas dos Especialistas
Filipe Manuel Neto

Filipe Manuel Neto

Escrita em 19 de Dezembro de 2024

**Uma referência do cinema nipónico.** Apesar de não gostar muito de filmes de samurais, eu reconheço o trabalho notável do director Akira Kurosawa e a sua contribuição para o cinema nipónico. Neste filme, este director aclamado volta aos seus temas de eleição – que lhe renderam outros trabalhos de grande nota e, eventualmente, maior mérito, como “Ran” e “Rashomon” – retratando as aventuras de um ronin, um samurai sem senhor a quem servir e que vagueia pelas aldeias do Japão feudal. Acontece que a aldeia aonde ele vai parar está a ser disputada por duas facções rivais e ele decide lucrar com isso, vendendo os seus serviços como mercenário às duas em simultâneo, pensando ser capaz de libertar os camponeses da tirania daqueles homens violentos. Claro, tudo acaba num glorioso banho de sangue para gáudio de todo o público do cinema. O filme é bastante violento, em vários aspectos: não só nos dá uma série de batalhas e de lutas particularmente sangrentas, como nos faz um retracto particularmente sombrio dos tempos feudais, com pessoas humilhantemente servis, injustiças que escapam impunes e absoluta arbitrariedade dos poderosos. O retracto feito lembra-nos um pouco o faroeste americano, se retirarmos os xerifes e deixarmos a região entregue ao mando de criminosos e facínoras. Acho que foi por isso que este tipo de filme teve tão boa aceitação no mercado ocidental. De facto, este foi o primeiro filme de Kurosawa a conhecer essa projecção e a abrir-lhe as portas para o reconhecimento internacional que conhecemos. Considerando que estou longe de ser um fã de Kurosawa, e de nem sequer gostar deste tipo de filmes, já é uma vitória dizer que gostei do que vi e não me senti entediado ou cansado à medida que o filme se ia desenrolando. Toshirō Mifune, o actor preferido do director, faz um trabalho impecável no papel principal, embora muito dentro daquilo que já vimos nos restantes filmes do cineasta nipónico. Tatsuya Nakadai também faz um trabalho bem feito e dá-nos um oponente digno para o herói. A cinematografia é bastante eloquente e faz o filme funcionar de maneira elegante, ainda que me pareça bastante diferente daquilo que estou habituado no cinema ocidental.

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