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MUTRETA NO OSCAR? Polêmica sobre IA em Emília Pérez e Brutalista
MUTRETA NO OSCAR? A POLÊMICA SOBRE O USO DE IA NOS FILMES EMÍLIA PÉREZ E BRUTALISTA
O Oscar de 2025 promete ser um dos mais polêmicos da história do cinema. Com o Brasil mirando de perto a expectativa pela primeira vitória da nação na premiação, o cenário se complica quando entramos no debate sobre o uso de Inteligência Artificial (IA) nos filmes em destaque. Em meio a tantas tretas, a pergunta que surge é: vale tudo nessa corrida pelo Oscar?
A primeira vez do Brasil e a competição desleal
Historicamente, o cinema brasileiro já acumulou 19 indicações ao Oscar, mas nenhuma vitória. É uma marca dolorosa que agora, com o filme Emília Pérez, o Brasil busca mudar. Contudo, a polêmica aumenta conforme surgem relatos de que as produções estão usando IA para obter vantagens. A questão que permeia esse debate é se, de fato, a utilização da tecnologia nas performances atua como um trapaça nas competições artísticas.
A arte da ilusão e o uso da IA
O cinema sempre foi uma arte da ilusão, onde a realidade é frequentemente moldada por efeitos especiais, edição e, mais recentemente, pela Inteligência Artificial. No caso de Emília Pérez, temos a protagonista Carla Sofia Gascon, cuja interpretação musical foi potencializada por um aplicativo chamado R-Speech, que tamposamente mistura sua voz com a da cantora francesa Camille. Isso suscita a pergunta: será justo que um ator concorra ao Oscar com uma performance que não é completamente sua?
Brutalista e a questão da veracidade
Da mesma forma, o filme Brutalista incluiu o uso de IA para aprimorar o sotaque de seus personagens, interpretados por Adrian Brody e Felix Jones. Apesar de passarem por um treinamento de dicção, o resultado ficou aquém do esperado e novamente a tecnologia foi chamada ao auxílio. O que isso significa para a autenticidade da atuação? O ator não se entrega mais ao papel, mas deixa que a tecnologia faça o trabalho por ele.
O dilema da comparação
Essa comparação entre performances “naturais” e modificadas por IA se torna ainda mais complicada quando consideramos a história da Academia. Antigamente, os atores que se dedicavam a imitar sotaques e se entregavam ao papel eram vistos como verdadeiros artistas. Agora, com a IA, surge um questionamento moral e ético: Até que ponto a tecnologia deve ser usada para moldar apresentações e atuações?
O impacto da tecnologia na credibilidade artística
Elizabeth Zenat, vice-presidente de conteúdo da Netflix Brasil, defende que a IA faz parte da evolução tecnológica e que deve ser vista como uma ferramenta que pode ajudar na produção cinematográfica. Contudo, a utilização dessa ferramenta para alterar substantivamente uma performance resulta em desvio de credibilidade. Como a audiência pode avaliar a qualidade artística de uma performance que foi alterada digitalmente?
Um aviso à indústria
Em tempos de crescente dependência da tecnologia, os cineastas e a Academia precisam estabelecer um diálogo sobre o uso ético da IA. Uma reflexão urgente se faz necessária: pode a IA ser um vetor de vantagem desleal nas competições artísticas?
O que podemos concluir é que a habilidade de um ator não é apenas medida por sua capacidade vocal ou por seu sotaque, mas pela entrega verdadeira à arte. A presença da IA traz à tona um novo paradigma que desafia não só as normas da performance, mas também do reconhecimento e da recompensa dentro da indústria cinematográfica.
Considerações finais
Em meio a debates e polêmicas, a escolha de como enfrentar essas questões pode muito bem define o futuro das premiações, bem como a própria essência do que significa ser um artista no mundo contemporâneo. E você, o que pensa sobre isso? Deixe sua opinião nos comentários e não se esqueça de acompanhar nossa cobertura das tretas do Oscar 2025!